O volume de cargo manuseada pela linha-férrea do Limpopo poderá chegar às 700.000 toneladas até ao final do ano, de acordo com as projecções da empresa de portos e caminhos-de-ferro de Moçambique, CFM.

Estas projecções baseiam-se nas actuais tendências da economia do Zimbabué, que mostra sinais de melhoria, juntamente com o crescente interesse regional no Porto de Maputo como rota de importação e exportação.

Reconstruída em 2004 após a destruição causada pelas cheias de 2000, a linha do Limpopo tem operado bem abaixo da sua capacidade devido a uma fraca demanda do Zimbabué e outros países da região. Actualmente, a linha tem capacidade para manusear dois milhões de toneladas de carga por ano, com comboios a movimentar-se a uma velocidade de até 50 quilómetros por hora.

De acordo o o Presidente do Conselho da Administração dos CFM, Rosário Mualeia, a empresa precisa de levar a cabo uma mellhor manutenção da linha. A linha do Limpopo estende-se por 522 quilómetros, desde o Porto de Maputo até ao distrito de Chicualacuala, na província de Gaza, sul de Moçambique. Está a começar a atrair cada vez mais clientes do vizinho Zimbabué e outros países da região, que olham para esta linha como uma rota de acesso alternativa viável e barata para o comércio internacional.

Mualeia disse à Rádio Moçambique que “este ano queremos investir em manutenção de forma a atingir volumes de carga lucrativos nesta linha importante. De facto, já temos clientes que nos informam que que querem expedir 500,000 toneladas de ferrocrómio através da linha do Limpopo. De facto, este é um desenvolvimento positivo uma vez que a demanda actual está abaixo da capacidade”.

Na semana passada, Mualeia visitou a linha-férrea do Limpopo acompanhado por pessoal técnico e gestores para avaliar o estado da linha. “A verdade é que esperávamos encontrar as coisas em muito pior estado uma vez que a linha é utilizada com pouca frequência. Identificámos as áreas onde é necessária uma intervenção, e posso garantir que a linha está apta a responder à demanda tanto do mercado doméstico como internacional, mesmo tendo em conta as projecções de crescimento para o futuro mais próximo”, disse.

Mualeia admitiu que os CFM estão a debater-se com um número diminuto de locomotivas e vagões. A empresa encomendou 230 novos vagões, enquanto que as locomotivas estão a ser reparadas nas oficinas da empresa.De acordo com Mualeia, em condições ideias, os CFM deverão ter pelo menos 1.500 vagões. (fonte: AIM)

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